
O governo federal revogou a majoração do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos de fundos nacionais no exterior e remessas de pessoas físicas destinadas a aplicações fora do país, apenas seis horas após o anúncio da medida. A decisão veio após uma forte repercussão negativa no mercado financeiro, que viu o dólar subir e a Bolsa de Valores cair.
A mudança foi comunicada pelo Ministério da Fazenda na noite de quinta-feira (22) por meio de postagens no X (antigo Twitter), citando “diálogo e avaliação técnica” e afirmando ter “ouvido o país”. Com a alteração, a alíquota zero para fundos nacionais que investem no exterior será restabelecida, e a taxa de 1,1% para remessas de pessoas físicas para investimentos no exterior será mantida.
Apesar do recuo, o aumento do IOF para as demais modalidades, especialmente operações de crédito empresariais, permanece em vigor a partir desta sexta-feira (23). O IOF é um tributo federal que incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos.
O pacote fiscal inicial, que incluía o aumento generalizado do IOF, tinha como objetivo reforçar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026 para cumprir as metas fiscais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se pronunciar sobre os novos detalhes nesta sexta-feira.