
O vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha (MDB), teve sua indicação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) aprovada nesta terça-feira (20) por comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A decisão, que segue para votação final no plenário nesta quarta-feira, faz parte de uma articulação política do governador Cláudio Castro (PL) visando redefinir a linha sucessória do governo estadual.
Durante a sabatina, que durou menos de uma hora, Pampolha foi elogiado por sua “conduta ilibada” e defendeu sua independência, apesar de sua origem política. A aprovação foi unânime nas comissões de Normas Internas e Proposições Externas e de Constituição e Justiça (CCJ), compostas em sua maioria pela base aliada de Castro. Questões sobre a falta de requisitos acadêmicos e profissionais de Pampolha, levantadas na Justiça, não foram abordadas pelos parlamentares.
Nos bastidores, a mudança é vista como uma estratégia para afastar Pampolha da cena política e da linha de sucessão ao governo. Apesar de terem sido eleitos juntos em 2022, o vice e o governador romperam politicamente no início de 2024, após a desfiliação de Pampolha do União Brasil sem prévio diálogo.

Com a saída de Pampolha, o caminho se abre para Rodrigo Bacellar (União Brasil), atual presidente da Alerj e aliado de Castro, se consolidar como o nome preferido do governador para a disputa pelo Executivo em 2026. Castro já declarou que seu grupo político apoiará Bacellar, o que indica uma nova configuração de poder no cenário político fluminense.